Uma maior quantidade de alimentos ficou disponível para as populações a partir do término da segunda guerra mundial, e algumas áreas como a indústria, a agricultura passaram a produzir mais e em maior distribuição. Sendo assim a maioria da população passou a comer mais, mas talvez não com melhor qualidade.

A compulsão alimentar é definida como a ingestão de alimentos além da quantidade necessária para manutenção da saúde do corpo físico ou dos estados mentais de prazer pela ingestão de um alimento que satisfaz ao paladar e do qual se gosta muito. 

Contudo a compulsão se apresenta como um quadro em que o indivíduo ingere o alimento mais do que o necessário para a saúde do organismo e além daquilo que precisa para se sentir saciado ou satisfeito. Ele simplesmente não consegue parar de comer e come repetidas vezes o mesmo alimento, abstendo-se de controle sobre a ingestão e come até vomitar, passar mal, entre outros sintomas.

A compulsão alimentar é uma patologia identificada como um transtorno alimentar e que está categorizado no CID (Código Internacional de Doenças) com a indicação F-50.8. Por sua vez no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, sigla em inglês para Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders). Publicado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA, na sigla em inglês) está categorizado como 307.51.

O transtorno de compulsão alimentar acomete em torno de 3,5% das mulheres e 2% dos homens na população geralmente durante suas vidas. 

Esse tipo de transtorno alimentar é uma patologia e para tanto deve ser tratado. Está intrinsecamente ligado a alterações de natureza psicológica da pessoa, sobretudo manifestadas por baixa autoestima, ansiedade e estados depressivos.

É também um transtorno muito ligado à história da cultura ocidental contemporânea onde as variadas formas de alimentação e oferta de alimentos cria consumidores disfuncionais. Outros fatores que também podemos citar são: oferta desregulada de propagandas de alimentos processados, competição por status e projeção social, exposição massacrante do corpo nos meios de comunicação, desvalorização das relações humanas, afastamento das famílias com pouco tempo para a convivência diária, entre outros.

Para atender esse tipo de problema a pessoa deve ser encaminhada para um profissional de saúde mental (psiquiatra e psicólogo) para um atendimento compartilhado, deve também ser acompanhado por um profissional nutricionista e por um profissional de educação física para adequação de atividades físicas permanentes de forma a promover mais saúde física.

Portanto, se é você ou se conhece alguém que seja portadora deste transtorno procure ou encaminhe para  ajuda.