Viver em coletividade - o quanto você se importa com o outro

Um dos meus passatempos prediletos é ficar sentada em local público apenas observando “pessoas passarem”. Seja na praça, no shopping, no ônibus adoro ficar quieta no meu canto, mas vendo os diferentes tipos de pessoas. É como um grande tecido, como uma colcha de retalhos com suas variadas estampas: pessoas de todos os tipos, cores, tamanhos, raças, condições. Enfim, nada tão bonito como um conjunto multivariado de gente.
O que representa a sociedade
Desde os primórdios da raça humana viver em um grupo de pessoas é uma situação comum e quase sempre vantajosa para o coletivo de pessoas. Então, quando se reúnem diversos grupos podemos dizer que se criam as sociedades e se gestam as variadas formas de cultura, surgindo hábitos, valores, crenças, costumes, imputando aos grupos humanos um conjunto de elementos materiais e imateriais que carimbam as características essenciais da raça humana e os fatores de perpetuação da espécie.
Viver em grupo é uma forma essencial para a sobrevivência humana. Por meio desse ajuntamento são satisfeitas necessidades individuais e grupais, são desenvolvidas habilidades e competências e se dá vazão às diferentes potencialidades que a vida com nossos pares e semelhantes nos proporciona.
À medida que as pessoas convivem elas fortalecem seus vínculos, perpetuam suas intenções de vida e fazem história por meio da criação da cultura. Este ato cria o que chamamos de identidade e aí todos os membros da sociedade se sentem pertencentes a um conjunto num dado tempo e espaço.
Viver em coletividade
A coletividade pode ser definida como um conjunto de pessoas formado por variados grupos que compartilham ideias e colaboram na produção e interesses comuns. É a partir desta junção que surgem as melhorias para a sociedade.
A coletividade é responsável por de desenvolver nas pessoas o desejo de lutar por direitos que sejam capazes de promover a dignidade e o bem-estar social de toda a sociedade. O conceito de consciência coletiva foi criado pelo sociólogo francês Émile Durkheim e é definido como o conjunto de características e conhecimentos comuns de uma sociedade, que faz com que os indivíduos pensem e ajam de forma minimamente semelhante.
Viver em coletividade é tornar comum a vida em grupo. É compartilhar os interesses que vão das menores expressões até os elementos mais globais, de forma que os efeitos sejam bem vividos por todos que pertencem àquela sociedade. Vejamos abaixo então alguns comportamentos tão relevantes para mantermos o senso de coletividade e entendermos o quanto é importante a gente se importar com o outro.
Conheça as pessoas da sua vizinhança, seu bairro, sua cidade, seu estado e seu país. Se não sabe muito procure diferentes fontes de informação, converse com pessoas, professores, vá a instituições mais locais. Só não fique na ignorância. A falta de conhecimento mata.
Participe de grupos locais de seu interesse.
Dedique-se a variadas atividades que acontecem em sua comunidade. Isto aproxima as pessoas e valoriza o coletivismo criando um vínculo relevante.
Zelar pelo bem público. Este espaço, objetos, fatos, fenômenos e instituições pertence a todos, portanto cabe a todos da coletividade cuidar.
Cumprir legal e igualitariamente deveres e direitos.
Esta é uma atribuição fundamental para todos os cidadãos. Os deveres normatizam a convivência e os direitos identificam vantagens daquele que faz o correto e coerente.
Respeitar o outro na convivência diária.
Meu espaço começa onde termina o do outro. E o espaço comum a nós pode ser partilhado mediante o diálogo.
“Tanto o homem quanto a coletividade
devem trabalhar para que todos tenham à sua disposição os bens indispensáveis sem os quais não é possível viver nem trabalhar bem.” (Amintore Fanfani). Trabalhando juntos a coletividade vê mais clara e significativamente os frutos que podem e devem.
Buscar a humanização da convivência.
Humanizar é ver a si próprio no semelhante, é tratar com dignidade e honra as pessoas que vivem juntas.
Procurar viver bem na simplicidade dando valor a amizade.
Temos que nos manter vigilantes para sustentar a convivência pacífica e amiga. Viver uma existência carregando sentimentos negativos não faz bem para o corpo físico e muito menos para sua psiqué.
Portanto viva bem com você mesmo, com os outros e aproveite o momento. Tenha uma boa vida!
“Se não plantar... não nasce. Se não regar... não cresce. Se não amar...morre.
Assim são as plantas... Assim são as pessoas.”
(Sabedoria Oriental)